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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Mãe de Prematuro

Sempre ouvi esse termo... Prematuro. Mas nunca soube realmente o que estava por trás dessa palavra. Julinha nasceu prematura de 36 semanas, mas nasceu bem... foi pro quarto comigo e saímos juntas da maternidade. Essa palavra prematura pra mim, na época, somente quis dizer que ela havia nascido antes do tempo. Quando me vi grávida de gêmeos, sabia da possibilidade delas nascerem prematuras também. Comecei então a ler mais sobre o assunto. Mal sabia que aprender mesmo, só com a dura realidade. Laura e Alice vieram ao mundo com 33 semanas + 6 dias. Prematuras. Pesando 1.300kg e 1.600kg. No dia seguinte do parto é que a ficha caiu... Eu iria embora sem elas. Foi petrificante. Chorei. Muito. Respirei fundo e fui pra casa. Até então não sabia da longa batalha da UTI...que é viver um dia de cada vez!! Lá na UTI Neonatal do Hospital Samaritano, encontrei profissionais humanas, que pareciam te abraçar com o olhar. Encontrei também mães e pais que estão lutando, que estão

"Quando nasce o irmão, nasce o ciúme..."

Sou filha única, e confesso que sempre fui um pouco ciumenta... Quando engravidei das gêmeas, pensei muito em como a minha filha Julia iria se sentir..  E conforme a gestação foi passando, já pude notar diferenças no seu comportamento. Senti medo. Medo de não conseguir, medo de fazer ela sofrer... Comecei então a ler muito sobre o assunto... comecei a refletir e às vezes até me colocar no lugar dela...  Hoje já fazem 4 meses que as gêmeas nasceram.  No começo, quando nasceram e ficaram na UTI, foi um momento difícil pra ela... e para mim. Eu tinha que estar lá para as bebês, mas não podia me esquecer que em casa tinha uma menininha me esperando, cheia de amor, medo, insegurança. Aquilo também era novo pra ela. Afinal, esperou ansiosamente toda a gravidez pela chegada das irmãs, e quando elas finalmente chegam, ela não podia tê-las em casa? Foram momentos complicados. Mas com uma big dose extra de paciência e amor tudo foi chegando no lugar. Essa ca

Banho de sol nos bebês

Essa manhã o solzinho apareceu...  O banho de sol foi recomendado pra nós desde a alta da maternidade e UTI. Desde a época da Julinha, já saia com ela sempre que tinha sol. No caso das gêmeas, que ficaram um tempo na UTI neonatal, não foi diferente.  Nossa pediatra indicou o banho de sol, e se possível sem nenhuma peça de roupa, inclusive tirando as fraldinhas. Em contato com a pele, os raios ultravioletas ativam a vitamina D no corpo, essencial para a formação óssea. Para que o bebê receba a quantidade correta de sol, sem correr o risco de se queimar ou desenvolver câncer de pele no futuro, pais devem organizar a rotina e tomar certos cuidados: – O banho de sol deve durar de 5 a 10 minutos no corpo todo. – A exposição deve ser direta ao sol. Ou seja, evite a exposição através de janelas ou vidros. – O horário ideal para expor o bebê ao sol é entre 7h e 10h  da manhã e após as 16 horas, o banho de sol também é recomendado. – Não utilize filtro solar no recém-nascido,

Cirurgia Bariátrica ByPass

Há 13 anos atrás, eu tomei a melhor decisão pra minha vida.  Sempre sofri muito com a obesidade que me acompanhava desde a infância.  Meus pais sempre tentaram de tudo... esporte, academia, regimes, dietas, medicamentos, spa, homeopatia, acupuntura...foram várias as alternativas sem sucesso. Quando a cirurgia bariátrica ficou mais conhecida no Brasil, eu tinha certeza que precisava daquilo.  Assim que fiz 18 anos meus pais toparam embarcar nessa comigo... e lá fomos, corremos e fizemos acontecer.  Afinal, eu já estava pesando 120 kg. Fiz a cirurgia bariátrica bypass, que consiste em desviar boa parte do estômago e uma pequena parte do intestino delgado. E o início foi muito difícil. Esquecer a vontade de comer, a cabeça que sempre queria mais... lembrar do tamanho real do meu estômago. Foram no mínimo 5 anos até que eu conhecesse novamente o meu corpo, os meus limites, o que me faz mal... Hoje, 60kg mais magra posso dizer com certeza que sou mais feliz assim. Nem tudo são fl

Método Canguru

Método Canguru Essa assistência neonatal implica no contato pele-a-pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma, uma maior participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso ligeiramente vestido, na posição vertical, contra o peito do pai ou da mãe. Laura e Alice nasceram nessas condições. É um sentimento que nunca mais irei esquecer.  Poder ser mãe, além das mãos dentro da incubadora. Vantagens do método:  🔸 aumenta o vínculo mãe-filho; 🔸 diminui o tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial; 🔸 estimula o aleitamento materno, favorecendo maior freqüência, precocidade e duração da amamentação; 🔸 proporciona maior competência e amplia a confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso, mesmo após a alta hospitalar; 🔸 favorece um controle térmico

O Começo!

Eu sou a Fabiana. Tenho 31 anos. Moro em São Paulo capital... mas sou mineira, de Itajubá! Tenho 3 filhas. Julia de 6 anos e as gêmeas Laura e Alice, hoje com 4 meses. Vou contar resumidamente como chegamos até aqui!!!  (depois ao longo do tempo vou contanto os detalhes, compartilhando as experiências..) Com 25 anos descobri que estava grávida da Julia. O pai é o Pedro, meu amigo do colegial, que reapareceu na minha vida. Éramos e sempre fomos amigos. Resolvemos tentar... tentar nos conhecermos, ficar juntos pela nossa filha que ia nascer, por nós. Pedro morava em São Paulo, tinha acabado de voltar de um intercambio na Inglaterra. E eu fazia, faculdade em Poços de Caldas, meus pais moravam em Itajubá, onde eu ia e vinha todos os finais de semana. Foi em um desses finais de semana, mais especificamente na páscoa, que nos reencontramos. Que reencontro, eu diria... Engravidei. Fui julgada, apontada. Mas nunca pelos meus pais, que me acolheram